quarta-feira, 15 de junho de 2011

Análise do poema de Carlos Drummond de Andrade

Memória

Amar o perdido
deixa confundido
este coração.

Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não

As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão

Mas as coisas lindas
muito mais que lindas
essas ficarão
Carlos Drummond de Andrade


O poema, de Carlos Drummond de Andrade, é chamado de Memória. Analisar um poema de Drummond é tarefa difícil para qualquer um porque ele foi um dos grandes gênios da literatura brasileira. Drummond era poeta, cronista, contista e tradutor brasileiro, nascido em Itabira (MG) no dia 31 de outubro de 1902. Também em Minas, começou sua carreira de escritor, mais precisamente na cidade de Belo Horizonte. A principal característica de suas obras é a trasmissão de uma ideia individualista preocupada com a realidade social.
Mesmo sendo difícil analisar um poema de Drummond nós somos capazes de realizar. No que se trata do poema intitulado Memória, relata como o amor transforma a maneira de sentir as coisas. Essa ideia é transmitida através de 4 estrofes, que são tercetos por apresentar apenas tres versos, e través de utilizaçâo de rimas irregulares. Constata-se a presença de um ritmo em todo o poema. Apresenta algumas figuras de linguagem, são elas: amar o (indivíduo) perdido (1o verso) - Elipse, nada pode o olvido (4o verso) - Hipérbato e as coisas tangívies tornam-se insensíveis, o que constitui um paradoxo. Essas figuras presentes no texto são utilizadas para dar um ar poético e, assim, enriquecer a mensagem transmitida no texto.

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