Em uma aula sobre Quinhentismo, foi dada uma proposta de elaboração de um texto que tenha características desse período da literatura. O texto que produzimos teve a intensão de mostrar como era a visão de um indígena com a chegada dos portugueses às suas terra, esse foi o texto produzido pela dupla, Cecília Arcoverde e Luisa Barbirato.
Em 1500, me lembro como se fosse ontem , da chegada desses seres estranhos em nossas terras. Vinham em barcos imensos, vestidos com trajes nunca vistos por minha gente, eram muitos e pelo jeito, não vinham de passagem.
Inicialmente, mostravam-se pessoas de boa indole, educados e simpáticos, mas só aparentavam ... Nunca havia visto algo parecido. Diariamente algo novo nos era apresentado e eles faziam questão de nos ensinar alguma coisa que traziam se sua cultura.
Interessados, eu e meu povo cedíamos aos encantos, às peculiaridades que eles havia trazido e aos seus ensinamentos. Quando demos conta, já era tarde, fomos tomados pela cultura portuguesa, fomos obrigados a aprender seu idioma, aprender a ler e a escrever como eles, trabalhar para eles em troca de objetos que aos poucos não nos interessava mais, vestir os mesmos tipos de roupa, nos converter ao catolicísmo, agir e até pensar como eles. Fomos explorados e nossas iguarias nativas também, nossa riqueza não nos pertencia mais.
A situação só piorava. O povo lusitano foi mostrando cada vez mais o real objetivo de sua vinda. Qualquer um que ousasse contrariá-los e exigir seu modo de vida de volta era penalizado, sofrendo as consequências de ter-lhes desobedecido.
Nossas vidas haviam mudado, nos arrependemos de não termos impedido ou evitado essa dominação e sabíamos que não poderíamos voltar no tempo pois foi consolidada a superioridade desse povo branco que hoje tem sede de conquista, poder e riqueza.
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