Durante algumas aulas de português, tratamos das variações presentes em nossa língua juntamente com suas causas e conseqüências. Depois do trabalho desenvolvido oralmente, foi requisitado a nós a produção de um texto que apresentasse a maneira como estamos posicionados a respeito do assunto. O texto abaixo é o resultado dessa produção. Esperamos que gostem!
Preconceito e Exclusão
O preconceito linguístico praticado nos dias atuais é algo extremamente nítido, mas ao mesmo tempo é vedado e acobertado pela sociedade como forma de o legitimar. As faces que esse tipo de preconceito apresenta são muitas, todas elas, de certa forma, visam critricar, diminuir e nagativar o alvo da discriminação. Algumas das caras desse tipo de preconceito são bem diretas, como a ofensa/agressão verbal e o emprego de apelidos depreciativos. Já outras caras estão mascaradas, mas o mal que praticam é o mesmo. As faces que preferem agir pelas costas do alvo ganham um aspecto mais indireto, excluindo gradualmente a pessoa do convívio mútuo pela diferença no modo como ela se expressa ou, até mesmo incitando outras pessoas a se juntarem ao circo preconceituoso, incendiando ainda mais a discriminação mascarada.
No ambiente escolar, o preconceito linguístico acontece apenas de duas formas já que, normalmente, os colégios tem alunos de apenas uma classe social, sem que haja muita discrepância entre ricos e pobres. Sendo assim, o preconceito linguístico limita-se a variações geográficas e ao preconceito contra quem não se adequa ao modo de falar típico do adolescente (gírias e gingas). Devido a esta divisão social presente nas escolas, não vemos o preconceito linguístico, do ponto de vista sociocultural, como um problema. Entretanto, variações geográficas e a inadequação a gírias são alvos frequentes de discriminação. Discriminação essa que formula apelidos, faz piadas e cria histórias enganosas para incendiar o preconceito e atingir o diferente naquele meio.
Até agora, abordamos apenas o que acontece, nos esquecendo de comentar o que devemos fazer para evitar que a discriminação linguística aconteça. Para isso, devemos nos moldar a um parâmetro de cultura diferente, já que o que temos entra em conflito com o que somos. O Brasil é conhecido mundialmente pela complexidade e diversidade da nossa nação. Somos um produto de uma grande miscigenação que na vastidão de nosso território desenvolveu diferentes maneiras de falar (no que diz respeito a variação geográfica) e de se comunicar. Somos o mesmo povo, falando a mesma língua apenas de maneiras diferentes. Sendo assim, o preconceito nos parece uma tentativa de dar nobreza a um tipo de expressão linguística em detrimento de outras e nos soa como louca a ideia de quererem diminuir e nagativizar pessoas que fazem parte do mesmo todo que as praticantes do preconceito linguístico. Brasil.
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